quarta-feira, 11 de setembro de 2013

José de Abreu anuncia filme sobre o escândalo do mensalão



Petista de carteirinha, o ator global José de Abreu revelou no Twitter que fechou um contrato para gravar o filme AP 470 - O Golpe Jurídico. A produção é sobre o julgamento do escândalo do mensalão - esquema de compra de votos no Congresso durante o governo do ex-presidente Lula (PT) -  no Supremo Tribunal Federal (STF).
Filiado ao partido e envolvido com as gravações da novela Joia Rara, o ator contou ao jornal Zero Horadesta quarta-feira (11) que pretende iniciar a pesquisa para o filme no próximo ano. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado a mais de 10 anos de prisão no escândalo pelo STF, será um dos aliados do ator na montagem da produção.
No filme, o ator deverá fazer o papel de um dos ministros do STF, trabalhará na produção e afirma que é obrigação do Ministério da Cultura, ou seja, através da Agência Nacional do Cinema (Ancine), contribuir financiando (com patrocínios) o longa-metragem.
“Não vou fazer igual ao que fez o (Fábio) Barreto. O Barreto não quis pegar dinheiro do povo pra fazer o filme do Lula. É uma obrigação da Ancine dar dinheiro para qualquer filme. Não existe esse tipo de censura. Isso é coisa que o Barreto colocou na cabeça. Não tem o menor problema. Qual o problema? Talvez eu ache gente (empresários) que queira dar dinheiro, não sei. O empresário brasileiro não liga mais para isso”.
O ator também relatou que pretende ouvir, por ironia do destino, personagens como o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) para a produção. O trabalhista foi o delator do esquema e foi responsável pela maior crise política do governo do ex-presidente Lula (PT).
“Obviamente que Delúbio, (Luiz) Gushiken e Zé Dirceu (serão ouvidos). Do outro lado, ainda não sei. Tem os outros deputados envolvidos. Não vou fazer um filme só com um lado. Agora, não sei quem mais poderia falar alguma coisa. Tem o Roberto Jefferson, que deve saber de muita coisa. Onde estão os U$ 4 milhões que ele disse que sumiram do cofre do partido em Brasília? E isso o STF também não pergunta. Mas basicamente esses contatos vão ser feitos pelo roteirista e pela sua equipe.”
O filme também deve contar uma nova versão do mensalão. José de Abreu conta que ainda aguarda o desfecho do julgamento, que está na fase final no STF. Ele revela, no entanto, que existem “vozes” que se posicionam contra a ação. A sua opinião caminha lado a lado com a de alguns petistas, que argumentam que o esquema de compra de votos não chegou a funcionar.
“Ainda não acabou o julgamento. É cedo pra falar. Se você ler o Paulo Moreira Leite, o Jânio de Freitas, vai ver que existem vozes que levantaram-se contra esse julgamento. Sem isso, seria um tiro no pé. Mas tem muita gente boa que acha que está se fazendo um julgamento fora da curva. Não é um julgamento normal. Veja a questão do televisionamento ao vivo de um julgamento penal. O juiz de primeira instância não permite entrada de imprensa quando tem julgamento. E esse é todo aberto. São coisas que tornaram esse julgamento diferente.”



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