quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Marina x Dilma

Marina diz que não tem objetivo de ser presidente e que Dilma é chantageada pelo Congresso

Filipe Barros - Diario de Pernambuco
 


A ex-ministra Marina Silva, recém filiada ao PSB de Eduardo Campos, voltou a criticar a presidente Dilma Rousseff afirmando que não consegue imaginar como a presidente possa se sentir tranquila em mais quatro anos sendo chantageada pelo Congresso Nacional. A dois dias, as duas figuras políticas vem trocando farpas através de entrevistas e pela internet. A petista afirmou nesta terça-feira, 15, que será "sempre uma aluna do mundo". A declaração, feita em seu perfil no Twitter, ocorre depois também de a ex-senadora Marina Silva reagir com ironia à afirmação de Dilma e dizer que a presidente havia dado um "conselho de professora". A entrevista foi concebida ao Programa do Jô, da TV Globo, nesta terça-feira.
Sobre a decisão de se filiar ao partido socialista, a ex-senadora disse que não tem como objetivo de vida ser presidente da República."Eu tenho como objetivo um país e um mundo melhor. Se para isso, eu precisar ser presidente da República, o serei, mas se tiver quem faça isso por mim, continuo como professora com muito orgulho", frisou ressaltando que a sua aliança com o PSB não indica que ela será vice de Eduardo Campos."A nossa conversa não colocou essa questão de vice ou não vice. Eu fui para lá para colocar um programa”, afirmou lembrando que optou pela sigla pela história do presidente do partido, Eduardo Campos, por ser neto de Miguel Arraes, e pelo apoio da legenda à votações favoraveis a causas ambientais. Segundo Marina, nem o PT nem o PSDB se comprometeram a adotar uma agenda ambiental efetiva na campanha de 2010. Ela explicou que não escolheu o PPS porque o partido poderia ser acusado de ser um “partido de aluguel” e sua candidatura seria desconstruída.
Em relação a presidente Dilma Rousseff, Marina disse que não visa destruir a presidente, mas ajudar a construir o país.“A gente não suporta mais o que está aí. Eu acho que a gente pensa sempre, no processo político, na perspectiva de projeto de poder. Eu insisto que é preciso um projeto de país e essa disruptura será boa para todo mundo. E eu não consigo imaginar que a presidente Dilma Rousseff possa se sentir tranquila em mais quatro anos sendo chantageada pelo Congresso Nacional”, afirmou.

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