Começa a disputa por comando do PT de Minas
O PT de Minas Gerais caminha para mais uma disputa polarizada em que escolherá quem vai comandar o partido a partir do ano que vem, quando os petistas se organizam para tentar chegar ao Palácio da Liberdade. A briga será entre o deputado federal Odair Cunha – candidato apoiado pelo atual presidente, Reginaldo Lopes, e pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel – e a secretária de Finanças, Gleide Andrade de Oliveira, que tem os ex-ministros do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e da Secretaria Geral da Presidência Luiz Dulci como cabos eleitorais. Em comum, ambos os lados defendem a unidade partidária e colocam Pimentel como candidato ao governo mineiro.
Ao lado de Patrus e deputados, Gleide Andrade de Oliveira foi a primeira a se inscrever pela manhã na sede estadual do PT. Candidata de oposição à atual gestão do presidente Reginaldo Lopes, ela nega qualquer desconforto e não poupa críticas à direção da qual participa. Segundo Gleide, as bases do partido estão abandonadas pelo fato de Lopes, assim como outros ex-presidentes, terem de dividir o tempo com o mandato de deputado federal. Ela já visitou 40 cidades e disse estar disposta a ir a mais 400. “A base do PT está extremamente carente e necessitada”, afirmou. Gleide escalou uma verdadeira tropa de choque para reforçar o mote de sua campanha: a dedicação integral, que colocou como diferencial em relação a Odair, que concorrerá à reeleição como deputado.
Com este argumento, Patrus, que será candidato a deputado federal, manifestou apoio a Gleide. “Ela não será presidente só em tempo de eleições e vai contribuir para a regionalização do partido e a construção de um projeto de governo para o PT”, defendeu. O ex-deputado federal Virgílio Guimarães alegou que o próprio ex-presidente Lula aconselhou Rui Falcão, presidente nacional do PT, a não se candidatar a deputado para que pudesse presidir o partido. Gleide prometeu que, se eleita, fará reuniões permanentes com os movimentos sociais. A secretária de Finanças é lotada atualmente como chefe de gabinete na 3ª Vice-Presidência da Assembleia, mas afirmou que deixará o cargo se virar presidente do PT.
Apesar das críticas, Gleide afirmou que vai tentar nos próximos 90 dias conseguir a adesão de Odair à sua candidatura. Odair Cunha também disse estar disposto ao diálogo, mas ambos, que se inscreveram ontem, descartam retirar suas candidaturas em favor do outro. Além de Pimentel, o deputado Odair Cunha tem apoios como o filho de Virgílio, deputado federal Gabriel Guimarães, e o colega de bancada Nilmário Miranda. Também a deputada Margarida Salomão, que chegou a ser cotada como candidata, abriu mão em favor dele.
Odair disse não se tratar de um candidato da continuidade, mas uma opção de avanços. “Na gestão do Reginaldo o PT cresceu muito, mas temos novos desafios. É preciso produzir um novo pacto de governança e isso significa ter união de forças internas e levar o partido a um diálogo com nossos aliados para chegar ao Palácio da Liberdade em 2014”, disse. De acordo com Odair, uma das principais tarefas será fazer com que o partido tenha vida fora dos movimentos eleitorais. “Precisamos articular as regionais do partido e dar a elas funcionamento.”
O deputado rebateu a crítica da adversária de que ele não estaria tão presente por ser parlamentar, dizendo que a direção do partido não é apenas uma pessoa. “A gestão é composta por diversos membros e neste coletivo temos pessoas com e sem mandato, não é uma tarefa individual. Ter mandato em algumas circunstâncias pode colaborar, mas não vamos fazer esse debate, até porque já tivemos excelentes presidentes com mandato”, argumentou. Odair afirmou que vai rodar o estado pedindo o apoio dos militantes do PT. Também se inscreveram como candidatos o deputado federal Rogério Correia e o vereador Betão, de Juiz de Fora. As candidaturas serão analisadas até dia 22 por uma comissão organizadora e a votação ocorrerá em 10 de novembro. São 150 mil filiados em Minas. Têm direito ao voto aqueles que estão em dia com o partido.
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Com este argumento, Patrus, que será candidato a deputado federal, manifestou apoio a Gleide. “Ela não será presidente só em tempo de eleições e vai contribuir para a regionalização do partido e a construção de um projeto de governo para o PT”, defendeu. O ex-deputado federal Virgílio Guimarães alegou que o próprio ex-presidente Lula aconselhou Rui Falcão, presidente nacional do PT, a não se candidatar a deputado para que pudesse presidir o partido. Gleide prometeu que, se eleita, fará reuniões permanentes com os movimentos sociais. A secretária de Finanças é lotada atualmente como chefe de gabinete na 3ª Vice-Presidência da Assembleia, mas afirmou que deixará o cargo se virar presidente do PT.
Apesar das críticas, Gleide afirmou que vai tentar nos próximos 90 dias conseguir a adesão de Odair à sua candidatura. Odair Cunha também disse estar disposto ao diálogo, mas ambos, que se inscreveram ontem, descartam retirar suas candidaturas em favor do outro. Além de Pimentel, o deputado Odair Cunha tem apoios como o filho de Virgílio, deputado federal Gabriel Guimarães, e o colega de bancada Nilmário Miranda. Também a deputada Margarida Salomão, que chegou a ser cotada como candidata, abriu mão em favor dele.
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| O deputado federal Odair Cunha e a secretária de Finanças do partido, Gleide Andrade, se inscreveram ontem como candidatos à presidência do partido. Eleição será em novembro |
O deputado rebateu a crítica da adversária de que ele não estaria tão presente por ser parlamentar, dizendo que a direção do partido não é apenas uma pessoa. “A gestão é composta por diversos membros e neste coletivo temos pessoas com e sem mandato, não é uma tarefa individual. Ter mandato em algumas circunstâncias pode colaborar, mas não vamos fazer esse debate, até porque já tivemos excelentes presidentes com mandato”, argumentou. Odair afirmou que vai rodar o estado pedindo o apoio dos militantes do PT. Também se inscreveram como candidatos o deputado federal Rogério Correia e o vereador Betão, de Juiz de Fora. As candidaturas serão analisadas até dia 22 por uma comissão organizadora e a votação ocorrerá em 10 de novembro. São 150 mil filiados em Minas. Têm direito ao voto aqueles que estão em dia com o partido.
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