Eleições 2014

José Serra defende candidatura de Joaquim Barbosa à Presidência da República

Tércio Amaral

Disputando espaço dentro do PSDB e com a possibilidade de se filiar ao minúsculo PPS, do deputado Roberto Freire, para disputar, mais uma vez, a Presidência da República nas eleições de 2014, o ex-governador José Serra declarou que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa seria um “bom candidato”. A declaração do tucano foi dada nesta terça-feira (7) no estado da Bahia, numa típica agenda de candidato.

“Acho que se o Joaquim Barbosa quisesse ser candidato, era bom. Expressaria alguma corrente de opinião no Brasil. Acho que tudo isso deve aflorar. É positivo”, afirmou Serra, em entrevista à rádio Metrópole, de Salvador. Ele disse ainda que, pessoalmente, “não embarcaria” em uma campanha com Barbosa, mas que a “multiplicidade” de nomes é positiva.

A opinião de José Serra mudou quando o assunto era a candidatura do seu correligionário e senador de Minas Gerais Aécio Neves ao Palácio do Planalto. O ex-governador declarou que o assunto ainda não foi formalmente definido, mas reconheceu que Aécio tem bastante apoio. “Nenhum candidato até agora se declarou candidato. A Marina (Silva), o Eduardo Campos (governador de Pernambuco)... e gasta-se bastante papel com isso".

Vale lembrar que Serra chegou a ser cotado como candidato ao governo do estado de São Paulo na próxima eleição pela Mobilização Democrática (MD), legenda que seria fruto da fusão entre o PMN e PPS. A candidatura seria articulada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que precisaria de um palanque forte no maior colégio eleitoral do país. Com a fusão descartada, comenta-se, nos bastidores, que o tucano, caso não consiga consolidar seu nome como candidato do PSDB à Presidência da República, se filie ao PPS. A intenção dele é, mais uma vez, disputar o comando do Planalto.

Esta hipótese é descartada pela cúpula do PSDB. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira (7), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso negou a movimentação. “Cheguei há dois, três dias da Europa. Até quando fui embora, nunca passou pela minha cabeça de que ele saísse. Nunca conversou comigo. Acho que ele não vai sair”, disse o tucano, que também preferiu não falar em prévias para a escolha do candidato do partido ao Planalto.

Em sua agenda na Bahia, Serra falou sobre manifestações, criticou o PT e enalteceu iniciativas de suas próprias gestões. Antes de ir à emissora de rádio, o tucano cumpriu outras duas agendas em Salvador: visitou o grupo Obras Sociais Irmã Dulce e, depois, o prefeito da cidade, seu aliado em 2010, ACM Neto (DEM).

Com informações do jornal Folha de S. Paulo